O voluntariado na Cáritas Arquidiocesana de Campinas é um ato de esperança no ser humano. Para entender porque é preciso conhecer um pouco do trabalho desenvolvido há mais de 50 anos. A instituição da Igreja Católica está a serviço da “defesa dos direitos humanos e prática da caridade, especialmente junto às pessoas e populações mais vulneráveis e excluídas da sociedade”, como ressalta seu presidente, padre José Arlindo de Nadai.
Um levantamento das atividades desenvolvidas aponta que pelo menos novecentas pessoas foram beneficiadas, entre os acolhidos e suas famílias, nos últimos dez anos. Esses números traduzem o trabalho que permite a retomada de laços, identidade e demais estruturas pessoais e até profissionais dos acolhidos e suas famílias. De cada 10, de 7 a 8 reassumem o direcionamento das próprias vidas e não voltam para as ruas.
A ação baseada no amor, no respeito de direitos e numa metodologia extremamente eficaz, baseada no educador Paulo Freire, mobiliza o envolvimento de 64 voluntários, que hoje atuam em áreas como diretoria, bazar, comunicação, arrecadação de recursos, entre outras.
Entre os funcionários também há pessoas de fato comprometidas com o ser humano, que acreditam nele e atuam intensamente no processo de escuta, doação e partilha, gerando oportunidade onde antes havia desesperança.
A Cáritas Arquidiocesana mantém, em Campinas, 4 abrigos para pessoas em situação de vulnerabilidade social e exclusão. São eles a Associação Casa de Apoio Santa Clara (para mulheres e seus filhos), Casa Antônio Fernando dos Santos, Casa dos Amigos de São Francisco de Assis e Casa Santa Dulce dos Pobres, este um abrigo emergencial aberto em 2020 a pedido da prefeitura, em reconhecimento ao necessário trabalho desenvolvido pela Cáritas nas demais casas. Em média são 105 pessoas atendidas diretamente e 60 famílias, indiretamente, nos 4 abrigos, o que chega a cerca de 300 pessoas.
Quando se testemunha cuidado e afeto, iniciativa e eficácia, conhecimento e humildade, inteligência e doação, prática e resultado, a esperança no que cada ser humano é capaz de realizar, se renova. O voluntariado na Cáritas Arquidiocesana de Campinas passa a ser, então, um processo de reconhecimento do outro como irmão. É neste irmão acolhido, protegido, integrado e motivado (cfr Papa Francisco) que se vivencia a prática do amor e da caridade.
Ao ser capaz de revelar um novo “eu” a nós mesmos e ao outro, agora reconhecido como irmão, a Cáritas nos ensina e convida a viver a esperança!
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