Você sabe o que é comunicação não violenta, CNV? Esse foi o tema do quarto dia do curso de capacitação online, promovido pela Cáritas Arquidiocesana de Campinas entre os colaboradores das Casas Abrigo entre os dias 9 e 23/09.

O psicólogo Gabriel Rocha, do Abrigo Antônio Fernando dos Santos desenvolveu dinâmicas com os grupos participantes explicando que a CNV é, acima de tudo, uma escuta do coração, prática essencial para a convivência, principalmente entre pessoas que não escolheram estar juntas.

A primeira etapa para desenvolver essa comunicação é a observação sem julgamento. A segunda, o reconhecimento dos sentimentos e a exposição deles para o outro. A terceira é a exposição das necessidades; o que eu preciso diante da situação, ou realidade. A partir destas etapas é possível fazer o pedido verdadeiro ao outro (daquilo que se sente ser necessário) concluindo o processo da comunicação não violenta.

A dificuldade em realizá-la vem da também difícil tarefa de reconhecer sentimentos de forma clara, entendê-los e expressá-los. “Não pensamos com o sapato do outro”, lembra o psicólogo. “A empatia não é um exercício fácil. Nem mesmo a auto empatia. No lugar delas quase sempre reinam o julgamento, a cobrança e a camuflagem do sentimento”.

“A comunicação é colocar em comum e falar de sentimentos nos torna horizontais, nos torna humanos”, disse Leonardo Duart Bastos, coordenador do Abrigo Santa Dulce dos Pobres. “Falar de sentimento não é fraqueza, ao contrário, é simplesmente não se colocar no lugar de opressor ou de oprimido”, concluiu. “Sentir a dor do outro é nosso desafio diário”, lembrou Pe. Nadai no dia de Nossa Senhora das Dores (15/09).

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