“Quem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Mt 8,27)

Caro Colaborador/Colaboradora, Em 2015, o Papa Francisco publicou a Carta Encíclica “Laudato Si”, apresentando sua preocupação com desafios globais como a crise climática, a degradação ambiental e a desigualdade social. Destacou que todos estes problemas estão interconectados o que exige atenção de todos diante da necessidade do cuidado com a casa comum. O Papa destacou na carta que a crise ambiental é uma crise moral e espiritual, exigindo uma mudança na maneira como entendemos e nos relacionamos com o mundo, uma mudança no modo de vida consumista.

A crise continua e a preocupação deve ser de todos! As catástrofes vivenciadas, tão próximas a nós, fortes chuvas no Rio Grande do Sul e queimadas no Centro Oeste, são exemplos dos efeitos das mudanças climáticas e das consequências com a falta de prevenção e do pouco cuidado com a casa comum. As imagens divulgadas no Brasil e no mundo mostraram uma população atônita diante da destruição e confirmam a necessidade de atenção urgente de todos os níveis do poder público e da sociedade civil.

Os impactos causados pelas mudanças climáticas ameaçam a vida, o bem-estar e a saúde das pessoas, em especial das populações mais vulnerabilizadas, pois, se todos são atingidos pelas alterações do clima, nem todos sofrem os impactos da mesma forma. As mudanças climáticas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, econômicas, distributivas e políticas, constituindo atualmente um dos principais desafios para a humanidade.

Provavelmente os impactos mais sérios recairão, nas próximas décadas, sobre os países em vias de desenvolvimento. Muitos pobres vivem em lugares particularmente afetados por fenômenos relacionados com o aquecimento, e os seus meios de subsistência dependem fortemente das reservas naturais e dos chamados serviços do ecossistema, como a agricultura, a pesca e os recursos florestais.

Não possuem outras possibilidades econômicas nem outros recursos que lhes permitam adaptar-se aos impactos climáticos ou enfrentar situações catastróficas, e gozam de reduzido acesso a serviços sociais e de proteção… Muitos daqueles que detêm mais recursos e poder econômico ou político parecem concentrar-se, sobretudo, em mascarar os problemas ou ocultar os seus sintomas, procurando apenas reduzir alguns impactos negativos de mudanças climáticas.

Mas muitos sintomas indicam que tais efeitos poderão ser cada vez piores, se continuarmos com os modelos atuais de produção e consumo. (Laudato Si 25-26). Que Deus nos ilumine para sabermos contemplar a beleza do universo e não ficarmos indiferentes aos clamores do povo e da natureza. Que Deus nos dê sabedoria para proteger cada vida e para preparar um futuro melhor, tendo coragem para mudar nosso estilo de vida.

Abraços fraternos
Equipe de Coordenação Cáritas Arquidiocesana de Campinas


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